“Applause (Blue Acrobats)” Françoise Gilot – 1973
A presença no grupo das oficinas de dança e de canto, com a música, mantém em comum o fato de que a entrada em cena delas não é preparada por qualquer tipo de ensino formal relativo à expressão. Tal concepção visa privilegiar a sintonia que cada um estabelece com o ritmo, a harmonia e a melodia.
Assim, a dança e o canto na companhia da música, permitem estabelecer um circuito elementar de ligação, de conexão. Consideramos que tal conexão não se limita à vocalização dos sons na cadência do tempo, assim como no tempo dos movimentos da dança.
O que se visa na ligação da música com o canto e a dança, é um tipo de presença em que o sujeito, a partir de suas limitações, consiga reativar a ligação com uma musicalidade que precede as palavras na sua constituição.
Pelo canto o sujeito pode soltar a voz, pela dança um reaparecimento com o corpo, onde o peso da síndrome e de diagnósticos pode cair para ganhar novas expressões.